Paleobiologia e o enigma das descobertas de tecidos moles em fósseis de dinossauros.


Por Everton Fernando  (e-Book)

A paleobiologia é um campo científico que se dedica ao estudo dos organismos fósseis sob a ótica da Biologia e utiliza conceitos e ferramentas dessa ciência para esclarecer aspectos fundamentais sobre a história e os processos evolutivos dos organismos [1].

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Créditos da imagem:Schweitzer et al.,(2005).

 

 

Nas últimas décadas, paleobiólogos têm descoberto tecidos moles – embora os evolucionistas prefiram o termo “tecido não resistente” – no interior de ossos fossilizados [2]. Eles parecem tão frescos a ponto de sugerir que os corpos foram enterrados apenas alguns milhares de anos atrás.

Em 1994, a prestigiosa revista Science chocou o mundo o mundo científico através da publicação de dados de sequência de DNA recuperados de ossos de dinossauros de que supostamente tinham 80 milhões de anos de idade [3]. As atuais medições de estabilidade do DNA sugerem que esse material poderia durar milhares de anos, na melhor das hipóteses. mas 80 milhões de anos era inacreditável para os cientistas céticos. Na época, era evidente para a comunidade científica de que os pesquisadores originais haviam sequenciado amostras contaminadas por DNA humano, não de dinossauros.

Em 2005, um estudo norte-americano liderado pela Dra. Mary Schweitzer desafiou as evidências de uma cronologia que coloca em 65 milhões de anos a época dos dinossauros. Os autores resolveram quebrar um precioso fóssil – um fêmur de Tiranossauro Rex – ,ainda que com certa relutância, para estuda-lo por dentro  e procurar tecidos moles preservados. Para tanto, eles usaram alguns ossos isolados de uma espécime procedente da Formação Hell Creek, em Montana (Estados Unidos), e obtiveram certo sucesso [4]. Os autores descobriram filamentos flexíveis e transparentes que se assemelham a vasos sanguíneos (mantêm elasticidade, são transparentes e ocos).

Dentro desses supostos vasos sanguíneos havia vestígios do que pareciam ser hemácias; e outros que pareciam osteócitos – células que constroem e mantêm o osso. Para os autores, o processo que preservou essas estruturas é diferente da fossilização  comum; um meio desconhecido de preservação que ainda faz os pesquisadores pensarem duas vezes antes de dar um palpite a respeito. Embora o material estivesse preservado (confirmado pela elasticidade), unicamente as proteínas não não poderiam ser utilizadas para dar detalhes do DNA do animal [4]. Os autores forneceram apenas uma vaga explicação de fatores geoquímicos e ambientais que poderiam ter preservado os tecidos, mas acrescentaram que a causa ainda é indeterminada.

Como era de se esperar, o anuncio de Schweitzer foi recebido com grande ceticismo por parte da comunidade evolucionista. Schweitzer, inclusive, teve problemas para publicar seus resultados. Tive um revisor que me disse que ele não se importava com o que diziam os dados“, disse a pesquisadora. “Ele sabia que o que eu tinha encontrado não era possível. Eu escrevi de volta e disse: ‘Bem, quais dados convenceriam você?’ E ele disse:’Nenhum‘.[5:p.37] [Enfase minha ]

A melhor maneira dos evolucionistas descartarem essa forte evidência contra o cenário darwinista era alegar contaminação ou algo do gênero. Foi então que Jeffrey Bada, um geoquímico orgânico do Instituto Scripps de Oceanografia, em San Diego, disse: Não posso imaginar tecido mole sobrevivendo por milhões de anos.[6]. Ele acrescentou que o material celular encontrado deveria ser a contaminação de fontes externas. Em 2008, um estudo publicado na revista PloS One interpretou os restos de tecidos moles vasculares (túbulos ramificadores e os glóbulos) nos fósseis de T.Rex como sendo produtos de biofilme bacteriano [7]. Mas mesmo que os vasos sanguíneos fossem produto do biofilme, este dificilmente poderia ter explicado a presença de proteínas e DNA [8].

Schweitzer, entretanto, buscou levantar objeções contra a interpretações de biofilmes e , em estudos posteriores, acrescentou outros argumentos e mostrou linhas de evidências complementares para corroborar  a interpretação de que os restos eram, sim,tecidos biológicos de dinossauros. Foi então que, bem 2009, Schwetzer e colaboradores identificaram sinais de vasos sanguíneos e  colágeno por meio de uma analise feita em um fêmur de Hadrosaur B. canadenses (Hadrossauro), o dinossauro bico-de-pato, um fóssil de 80 milhões de anos, encontrado na formação do rio Judith, sítio paleontológico no estado de Montana [9].

Em vez de escavar o fóssil no local, os cientistas removeram a peça juntamente com a camada de arenito que a envolvia. O bloco foi selado e transportado para o laboratório a fim de evitar contaminação e degradação do material – para evitar novamente as críticas sobre contaminação [9]. Os pesquisadores, então, usaram análises independentes e distintas como microscopia de tunelamento de elétrons para examinar a aparência e a estrutura dos tecidos, e espectrometria de massa e testes de ligação de anticorpos para identificar proteínas. Os resultados mostraram evidências de colágeno, bem como laminina e elastina, dias proteínas encontradas em vasos sanguíneos.

Em 2013, Schweitzer e os colaboradores testaram uma hipótese anterior de que o ferro poderia desempenhar um papel na preservação de tecidos antigos dentro de fósseis de dinossauros [10,11]. Os resultados sugeriram que a presença de hemoglobina – a molécula que contém ferro que transporta o oxigênio nas células vermelhas do sangue – pode ser a chave para preservar tecidos antigos dentro de fósseis de dinossauros, mas também pode esconde-los da detecção. Ao morrer, as células liberariam ferro nos tecidos que desencadearia a formação de radicais livres (antioxidante), funcionando como o formaldeído na preservação de tecidos e proteínas.

No entanto, a experiência   realizada em laboratório é pouco representativa em comparação com o mundo real [12]. Eles mergulharam um grupo de vasos sanguíneos em líquido rico em ferro feito de células vermelhas do sangue, isto é, hemoglobina pura; e outro grupo foi mergulhado em água. Eles afirmaram que o grupo que permaneceu na água ficou irreconhecível dentro de dias, e o outro grupo em hemoglobina pura ficou reconhecível durante dois anos. Será que se a hemoglobina fosse diluída ela agiria da mesma forma? E a sugestão de que os vasos sanguíneos ficaram “reconhecíveis” por dois anos de alguma forma demonstra que eles poderiam durar 35 milhões de vezes mais?

Em 2012 uma equipe de pesquisadores do grupo Paleocronologia fez uma apresentação no período de 13 a 17 de agosto em uma reunião anual de Geofísica do Pacífico Ocidental, em Cingapura, idealizada pela conferência da União Americana de Geofísica e pela Sociedade de Geociências da Oceania Asiática (AOGS) [13]. Os autores descobriram uma razão para a sobrevivência intrigante dos tecidos moles e colágeno em ossos de dinossauros. Segundo eles, os ossos são mais jovens que tem sido relatado. Para tanto, eles utilizaram o método de datação por radiocarbono (carbono- 14) em múltiplas amostras de ossos de oito dinossauros encontrados no Texas, Alasca, Colorado e Montana. E, pasme! Eles reportaram a presença do carbono- 14 ( que decai rapidamente) nos ossos, revelando que eles tinham apenas entre 22.000 a 39.000 anos de idade.

Como era de se esperar, embora o trabalho tivesse sido aceito, os cientistas foram censurados e o resumo foi removido do site da conferência por dois presidentes, porque não podiam aceitar as conclusões. Quando os autores questionaram, eles receberam uma carta. Mas qual seria o motivo para isso?   O pressuposto dos presidentes era de que o carbono-14 não poderia estar presente em tais fósseis “velhos”. Negativas como essa tem impedido a realização de testes com a datação por carbono e prejudicado o progresso da ciência. Isso porque os evolucionistas sabem que, se uma analise fosse feita utilizando esse método de datação, seria altamente provável que mostraria uma “idade de radiocarbono” de milhares de anos, e não a de “milhões de anos”, como a da previsão evolutiva.

 

Em 2013, um estudo experimental realizado nos Estados Unidos por um cientista da microscopia, criacionista, encontrou tecidos fibrilares moles obtidos da região supraorbital de um chifre de Triceratops horridus (Tricerátopo) coletados na formação Hell Creek, em Montana, EUA [14]. O tecido mole estava presente no osso pré e pós-descalcificado. Foram retiradas amostras da matriz óssea lamelar onde foram encontradas microestruturas parecidas com osteócitos. Os osteócitos são células derivadas dos osteoblastos que se se diferenciam e preenchem a estrutura lamelar, compreendendo diversas funções histológicas, como, por exemplo, remodelação do esqueleto ou mesmo crescimento ósseo. Os autores notaram que alguns osteócitos apresentavam extensões filipodiais e, segundo eles, não havia nenhuma evidência de permineralização ou cristalização. Mas o que isso significa? Isso quer dizer que o material ósseo conservou proteínas ativas, inesperadamente, DNA (que se degrada rapidamente). Ou seja, ele não foi degradado nem passou por processo de fossilização.

Teoricamente, o material continua ileso, íntegro, desde a morte do dinossauro.

Após a publicação do artigo sobre a descoberta de tecidos moles, Mark Armitage foi demitido da Universidade Estadual da Califórnia por inferir que tais estruturas, talvez, tivessem milhares de anos em vez dos supostos milhões de anos [15]. Armitage, é claro está processando a Universidade por ter sido despedido sem uma justa causa. O caso legal em torno da demissão de Armitage abre muitas questões importantes sobre a liberdade acadêmica. Na verdade, numerosos exemplos de supressão da “liberdade acadêmica” podem ser citados em que os cientistas tem sido discriminados por apresentar pontos de vistas de vista conflitantes com as perspectivas tradicionais.
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Armitage
Em 2015, foram encontradas fibras e estruturas celulares preservadas em espécimes de dinossauros de supostos 75 milhões de anos [16]. Os pesquisadores examinaram amostras de oito ossos de dinossauros do Cretáceo. Eles encontraram material consistente com as estruturas de fibra de colágeno  endógeno e fragmentos de aminoácidos típicos de fibrilas de colágeno. Também observaram estruturas compatíveis com eritrócitos com espectros semelhantes ao do sangue total. Para a equipe mesmo sem DNA, as células dos tecidos moles e as moléculas poderiam ensinar muito mais sobre a fisiologia e o comportamento dos dinossauros. Por exemplo, o tamanho das células do sangue pode revelar insights sobre o metabolismo e a suposta transição do sangue frio para  o sangue quente. Exames tridimensionais das células do sangue revelaram que elas possuem núcleo, o que significa que as células do sangue humano não podem ter contaminado  a amostra, por que não possuem núcleo.

Em 2015, pesquisadores norte-americanos publicaram os resultados de seu projeto iDINO (investigation of Dinosaur Intact Natural Osteo-tissue), cujo objetivo é a investigação da permanência de tecidos moles (fibrilar) em ossos de dinossauros [17]. Os autores encontraram quantidades mensuráveis de carbono-14 em 16 amostras a partir de 14 espécimes fósseis de peixes, madeira, plantas e animais de toda a coluna geológica, Mioceno a Permiano, de todas as três eras: Cenozoica, Mesozoica e Paleozoica. As amostras vieram de diferentes locais do planeta (Canadá, Alemanha e Austrália). Cerca de metade de ossos de dinossauros (sete espécimes). Todas as amostras foram preparadas por processo padrão para eliminar a contaminação e, em seguida, foram submetidas á analise de espectrometria de massa atômica por cinco laboratórios diferentes. As idades variaram entre 17.850 a 49.470 anos de radiocarbono.

Como pode ser visto, parece que está cada vez mais difícil defender o dogma de que os dinossauros viveram há milhões de anos na escala geológica, pois se há tecido mole em fósseis de dinossauros e até mesmo células sanguíneas e DNA, eles não podem ter morrido há tanto tempo, ainda que suposições sobre influências do ambiente e do ferro na preservação das biomoléculas tenham sido levantadas. Fato é que evidências científicas indicam que biomoléculas em restos fósseis não sobrevivem  por até 80 milhões de anos, como algumas pesquisas apontam.

Há evidências de que a degradação de biomoléculas ocorre depois da morte em um tempo entre semanas a décadas, com alguns fragmentos moleculares resistentes que poderiam sobreviver até no máximo 100 mil anos [10, 18]. O DNA, por exemplo, se decompõe rápido – com uma vida útil de aproximadamente 10.000 anos [19,20]. Estudos de laboratório têm mostrado que, esses ossos, a hidrólise do colágeno (proteína) ocorre de forma rápida, devendo virar pó entre 10.000 a 30.000 anos, a não ser que os ossos sejam depositados em ambientes frios ou secos [21]. Outra pesquisa sugeriu que, independente das condições de deposição, o colágeno não deveria aguentar num organismo fóssil por mais de 2,7 milhões de anos, na melhor das hipóteses [22].

Além disso, é curioso observar as tentativas de evolucionistas em relacionar muitas dessas descobertas com uma suposta contaminação, e também o modo como eles agem para abafar as descobertas ou métodos conflitantes com suas hipóteses de “milhões de anos”. Um pesquisador que segue apenas as evidências deve se perguntar: Por quê? O público tem o direito de conhecer a cronologia real dos dinossauros e a verdade sobre a história da terra.

 

Everton Fernando Alves
Enfermeiro – COREN-PR: 218906
Mestre em Ciências da Saúde Pela UEM.

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

[1] Soares LPCM, Kerber BB, Osés GL, Oliveira AM, Pacheco MLAF. Paleobiologia e Evolução:. O potencial fazer registro fossilífero brasileiro RevistaEspinhaço 2013; 2 (1): 24-40.

[2] Morell V DNA Dino:. A caça e o hype. Science.   1993; 261 (5118): 160-2.

[3] Woodward SR, Weyand NJ, Bunnell M. DNA Sequence do Cretáceo Período fragmentos ósseos. Ciência. 1994; 266 (5188): 1229-1232.

[4] Schweitzer MH, Wittmeyer JL, Horner JR, Toporski JK. Os navios tecidos moles e Cellular Preservação em Tyrannosaurus rex.Science. 2005; 307 (5717): 1952-5.

[5] Descoberta perigoso do Yeoman B. Schweitzer revista Discover 2006; 27 (4):. 37-41. Disponível em: http://discovermagazine.com/2006/apr/dinosaur-dna UO

OU https://web.archive.org/web/20121020174529/http://discovermagazine.com/2006/apr/dinosaur-dna

[6] Entrevista concedida POR Jeffrey Bada In:.. Revista Descoberta perigoso do Yeoman B. SchweitzerDiscover 2006; 27 (4): 37-41. Disponível em: http://discovermagazine.com/2006/apr/dinosaur-dna

[7] Kaye TG, Gaugler G, Sawlowicz Z. dinosaurian tecidos moles interpretado como biofilme bacteriano. PLoS One. 2008; 3 (7): e2808.

[8] Wieland C.   Mais de confirmação para tecidos moles de dinossauro e proteína. Journal of criação de 2009;   23 (3): 10-11. Disponível em: http://creation.com/images/pdfs/tj/j23_3/j23_3_10-11.pdf

[9] Schweitzer MH, Zheng W, Órgão CL, Avci R, Suo Z, Freimark LM, Lebleu VS, Duncan MB, Vander Heiden MG, Neveu JM, a pista WS, Cottrell JS, Horner JR, Cantley LC, Kalluri R, Asara JM. Biomoleculares Caracterização e Proteína seqüências do Campanian Hadrosaur B. Canadensis.Science. 2009; 324 (5927): 626-31.

[10] Schweitzer MH, Wittmeyer JL. Dinosaurian tafonomia tecidos moles e implicações. Em: Reunião Anual da AAAS, resumos com os programas, St. Louis, Missouri, EUA, 16-20 de Fevereiro de 2006.

[11] Schweitzer MH,   Zheng W,   Cleland TP,   Goodwin MB,   Boatman E,   E Theil,   Marcus MA,   Fakra SC. Um papel para ferro e química de oxigênio na preservação dos tecidos moles, células e moléculas do tempo profundo. ProcBiol Sci.   2013; 281 (1775): 20.132.741.

Tecidos moles [12] Smith C. dinossauro. [Janeiro 2014]. Criação, 2014.Disponível em:http://creation.com/dinosaur-soft-tissue

[13] Miller H, Owen H, Bennett R, De Pontcharra J, Giertych M, Taylor J, Van Oosterwych MC, Kline O, Wilder D, Dunkel B. A comparação de δ 13 C & PMC Valores de Dez Ossos de dinossauro cretáceo-jurássico do Texas ao Alasca, EUA, China e Europa. In: AOGS 9ª Reunião Geral Anual. 13-17 agosto de 2012, Cingapura. Disponível em: http://4.static.img-dpreview.com/files/p/E~forums/50713079/dfdc0a3fdc564435bb159bce43a40d77

Dados UO complementares http://2.static.img-dpreview.com/files/p/E~forums/50713079/2dadd8b7e62d4940b3099d0d3c56e650

Vídeo no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=QbdH3l1UjPQ

Carta: http://newgeology.us/presentation48.html

[14] Armitage MH, Anderson KL. Lençóis macios de osso fibrilar de um fóssil da buzina supra-orbitária do Triceratops horridus dinossauro. ActaHistochem. 2013; 115 (6): 603-8.

. [15] CBS Los Angeles Ação: CSUN Scientist despedido depois de Tecidos Moles Ache em Dinosaur Fossil [julho 2014]. CBS Los Angeles, 2014. Disponível em:http://losangeles.cbslocal.com/2014/07/24/scientist-alleges-csun-fired-him-for-discovery-of-soft-tissue-on-dinosaur-fossil/

[16] Bertazzo S,   Maidment SC,   Kallepitis C,   Fearn S,   Stevens MM,   Xie HN. Fibras e estruturas celulares preservados em espécimes de dinossauros 75 milhões de anos de idade. Nat Commun.   2015; 6: 7352.

[17] Thomas B, Nelson V. radiocarbono no dinossauro e outros fósseis. CRS Quarterly 2015; 51 (4): 299-311.

https://creationresearch.org/index.php/extensions/crs-quarterly/s5-frontpage-display/item/117

[18] Entrevista concedida POR Mary Schweitzer. Proteína liga T. rex para galinhas. [Abr. 2007]. Entrevistador: Paul Rincon. BBC News, 2007. Disponível em: http://news.bbc.co.uk/2/hi/6548719.stm

[19] Sykes B. O passado vem vivo. Nature.1991; 352 (6334): 381-2.

[20] Allentoft ME, Collins M, D Harker, Haile J, Oskam CL, ML Hale, Campos PF, Samaniego JA, Gilbert MT, Willerslev E, Zhang G, Scofield RP, Holdaway RN, Bunce M. A meia-vida de DNA em ossos : medição cinética de degradação em 158 fósseis datados. ProcBiol Sci. 2012; 279 (1748): 4724-33.

[21] Bada J,   . Wang XS, Hamilton H preservação de biomoléculas chave no registro fóssil: conhecimentos atuais e futuros desafios. Philosophical Transactions, da Royal Society B: Biological Sciences. 1999; 354 (1379): 77-87.

[22] Nielsen-Marsh C.   Biomoléculas em restos fósseis: abordagem multidisciplinar para a resistência.   O bioquímico 2002; 24 (3): 12-14.

 

 

 

 

13 comentários em “Paleobiologia e o enigma das descobertas de tecidos moles em fósseis de dinossauros.

  1. Neste campo discutem-se ainda hipóteses explicativas (isto é, possibilidades). Uma bastante útil é a da preservação por ferro. As que estão de acordo com resto dos dados são certamente melhores hipóteses (a não ser que existam muitos contras ou sejam provadas falsas) do que aquelas que não estão – um exemplo disso é que a Terra é jovem e pior ainda no contexto do criacionismo da Terra jovem. Isto em nada ajuda a causa dos criacionistas.

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    1. Neste campo discutem-se ainda hipóteses explicativas (isto é, possibilidades).

      Sempre visando a preservação da crença nos milhões, bilhões de anos, não?

      Eu aqui não sei definitivamente a idade da terra, e muito menos do universo… Mas tenho assim, uma enorme dificuldade em acreditar que tais tecidos são de dezenas, quiça centena de milhões de anos… Nem tao pouco consigo acreditar nas explicações fantasiosas sobre fósseis onde existem arvores, animais, uma baleia, atravessando os milhões de anos em varias camadas distintas…

      um exemplo disso é que a Terra é jovem e pior ainda no contexto do criacionismo da Terra jovem. Isto em nada ajuda a causa dos criacionistas.

      O que é relevante nesse artigo é a suposta idade dos fósseis, uma vez que os mesmos apresentam tecidos moles bem preservados … Para mim é irrelevante a idade da terra… Esse blog não é sobre o criacionismo, nem sobre YEC. Mas nem por isso, não deixo de perceber como certos dados são “ignorados” pelos evos, sempre na intenção de manter sua posição pessoal na hipótese da evolução demasiadamente lenta, na casa dos milhões de anos como fato incontestável, e segundo muito dos evos: danem-se os dados…

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      1. Eu sei que é estranho fósseis com essas idades estarem tão bem preservados, por isso, tal como eu disse, os cientistas procuram explicar – e não ignoram.
        Não há factos incontestáveis na ciência. Mas se um facto, hipótese ou conjunto de hipóteses sobreviveu a vários testes e contestações ao longo dos anos, ou os responsáveis por essas contestações são muito incompetentes e houve também alguma sorte nos testes, ou a teoria é provavelmente verdadeira, ou um pouco de ambas (incompetência dos contestadores e veracidade da TE). Aí uma coisa ajuda a outra…

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      2. Biba,

        Eu sei que é estranho fósseis com essas idades estarem tão bem preservados, por isso, tal como eu disse, os cientistas procuram explicar – e não ignoram.

        “Ignorar” eu quero dizer fazer de conta que isso não é lá assim um problema sério do mundo real, além das crenças pessoais… Para mim é mais uma evidência do verdadeiro status do paradigma evolucionista… Uma posição que se opõe fortemente a falseabilidade… Nesse caso, os tecidos moles eram pra falsear os milhões de anos que dizem que os mesmos possuem… Mas nessa forte oposição a falseabilidades práticas, há sempre espaços para explicações.

        Não há factos incontestáveis na ciência.

        Isso me parece óbvio… O que de fato é incontestável, não é relativo a ciência, é relativo ao materialismo/naturalismo/fisicalismo.
        Ouvindo, lendo da própria boca de alguns acadêmicos, como Eugenie Scott, Theodosius Dobzhansky, apenas como exemplo, afirmando sobre a evolução como fato incontestável, e suspeito da influencia dos mesmos… Mas a parte que realmente é mais interessante não é a evolução em si, ok, alguns, mais honestos intelectualmente, podem reconhecer fragilidades na TE como Denis Noble por exemplo. O mais interessante é que essa admissão que não há fatos incontestáveis na ciência, se opõe ao materialismo, como confessa Richard Lewontin, da Universidade de Harvard; ele reconhece que os “cientistas” aceitam histórias absurdas do tipo “é porque é”, que são contra o bom senso, em função de seu compromisso prévio com o materialismo:

        Nossa disposição de aceitar afirmações científicas que são contra o bom senso são a chave para uma compreensão da verdadeira luta entre a ciência e o sobrenatural. Assumimos o lado da ciência, a despeito do patente absurdo de alguns de seus constructos, a despeito de sua falha em cumprir muitas de suas promessas extravagantes de saúde e vida, a despeito da tolerância da comunidade científica pelas histórias do tipo “é porque é”, porque nos comprometemos previamente com o materialismo. Não é que os métodos e as instituições científicas de alguma maneira tenham nos compelido a aceitar uma explicação materialista de um mundo fenomenal, mas, pelo contrário, nós é que somos forçados, por nossa própria aderência a priori às causas materiais, a criar um aparato de investigação e um conjunto de conceitos que produzam as explicações materialistas, independentemente de quão contra-intuitivas e mistificadoras possam ser para o não iniciado. Além do mais, esse materialismo é absoluto, pois não podemos permitir a entrada de nada que seja divino.

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      3. Arranjar 2 ou 3 exemplos ou meia dúzia deles não me diz nada sobre o geral. Também, na minha opinião, se estão a procurar explicações é porque levam a sério. Esses “factos incontestáveis” não têm nada a ver com os “materialistas” ou os “naturalistas” em geral. É sobretudo para a religião (especialmente os fundamentalistas) que se deve olhar quando se fala desse tipo de pensamento obtuso.

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      4. Biba,

        Arranjar 2 ou 3 exemplos ou meia dúzia deles não me diz nada sobre o geral.

        Antes fossem meia duzia de exemplos; o mais interessante é cientistas estarem animados com a ideia de que tecidos moles podem ainda existir na maioria dos ossos de dinossauros. … Deve ser algum delírio… Mas poderia se argumentar que os tecidos moles ajudariam numa melhor compreensão da evolução, ao invés de termos os milhões de anos nos achados, falseados.

        Também, na minha opinião, se estão a procurar explicações é porque levam a sério.

        Subjetivo, quem vai saber, pode ser como eu disse, pode ser culpa dos honestos, pode ser por que não dá pra empurrar pra debaixo do tapete. Talvez dependa do indivíduo, afinal o cientista, quer teísta, politeísta, espiritualista, agnóstico, ateu, é, antes de tudo, ser humano, e cada um com uma visão particular sobre si mesmo e sobre o mundo.

        Esses “factos incontestáveis” não têm nada a ver com os “materialistas” ou os “naturalistas” em geral.

        Você pode estar certa, não sei.

        Não sou eu quem vai quantificar isso, sinceramente, estou longe de fazer generalização, creio na existência de materialistas/naturalistas/fisicalistas mais modestos, e admiro a honestidade de Lewontin… Mas citei estes entre outros que são influentes, figuras relevantes para o materialismo/naturalismo/fisicalismo.

        É sobretudo para a religião (especialmente os fundamentalistas) que se deve olhar quando se fala desse tipo de pensamento obtuso.

        Essa parte em específico não é sobre ciência, e não é sobre uma religião, são várias, dentre as quais o cristianismo pode ser confrontado teologicamente e filosoficamente… E todas as demais podem ser confrontadas filosoficamente… Fazer uma leitura mental de todos os religiosos de todas as religiões, e concluir que eles não sofrem conflitos com a própria crença, que não são confrontados com a razão é superestimar muito as religiões e subestimar a razão, a cognição humana… Assim como no caso do materialismo, isso parte do indivíduo e não da idéia… É possível se desapegar de qualquer ideia… Tomo como exemplo Descartes… Se eu não o conhecesse, ao ler o discurso do método nas primeiras páginas, eu juraria que ele era um ateu

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