O mito da ‘Theoria perennis’ ou o besteirol pós-modernista de um editor da VEJA – Parte 2 de 3

Fiz me rir ,com a posição da ciência nos dias atuais…calma,eu não sou um solipsista que duvida da verdade científica,das numerosas descobertas feita por ela,nem do MC,nem da revisão por pares. Eu me refiro ao palanque,ao pódio, montado pelos naturalistas,ateus e afins,para a dita ciência,onde ela ocupa o topo e exclui a priori o sobrenatural e a Deus.Para eles a ciência é  theoria perennis. Para eles somente pela ciência chegaremos a verdade dos fatos.Sendo assim,nesse faz me rir desta afirmação dogmática escolhi este artigo do odiado Enezio E. de Almeida filho,abordando tal alegação científica materialista e naturalista do nosso universo.

 

“Como a fé desempatou o jogo”, de Okky de Souza,: a ciência explica como o cérebro produz o pensamento mágico. (Veja 1994, de 7 de fevereiro de 2007, pp. 78-85). [Requer assinatura da VEJA ou do UOL]

Na mente pós-moderna, somente a ciência é racional, e a fé irracionalidade. É nesta ótica distorcida da realidade que Okky de Souza discorre a questão do desempate da fé. Ele inicia seu especial com perguntas e respostas escatológicas que, a princípio, favoreceriam as concepções religiosas como fenômenos saudáveis, mas o resto do artigo ‘naturaliza’ o ‘sobrenatural’, e a teoria da evolução [seja lá qual nível Okky está falando] vai se mostrar uma ‘Theoria perennis’ explica tudo e serve de pano de fundo de uma Weltanschauung estritamente materialista: a matéria é tudo o que existiu, existe e existirá. Uma no cravo, outra na ferradura!

Mesmo que as crenças estejam mais vivas do que nunca nas sociedades modernas atuais, a práxis se dá ‘privativamente’, pois essas sociedades são estados estritamente laicos, com pouca ou nenhuma influência cultural desses indivíduos exilados nos seus guetos e catacumbas de fé. Isso sim é que é um paradoxo, pois a ciência que hoje conhecemos teve o seu maior desenvolvimento pela ação de atores teístas. A razão não exclui a fé: Credo ut intelligam [Creio para poder entender].

Quando o homem se tornou a medida de todas as coisas, ele se esqueceu que seus construtos gnosiológicos são limitados. Quem convencionou que crença e ciência não combinam, são como óleo e água? Quem é que domina a academia: os teístas ou ateístas? Okky de Souza afirmou que os dogmas milenares orientadores da fé de cristãos, judeus, muçulmanos ou budistas são respeitáveis, e não são apenas anacronismos deslocados do mundo da razão e da tecnologia do século XXI. Meno male.

Ele revela uma ‘inocência evangélica’ ao afirmar que ‘não existe paradoxo’, e sim ‘o reconhecimento dos limites dos dois campos da percepção humana dos fenômenos naturais’. Okky, você pode me dizer onde isso ocorre? Na Academia? Na Grande Mídia tupiniquim?

Não consegui entender como que ‘o lado duro da ciência’ conduz experiências nos laboratórios buscando explicações naturalistas para ‘fenômenos’ tidos como sobrenaturais. Desde quando o ‘túnel de luz’ que as pessoas contam ter visto em estado de coma é um fenômeno ‘sobrenatural’? Quem popularizou esse túnel como ‘uma entrada entreaberta para a eternidade’ de uma pessoa prestes a abandonar o mundo material foi a Grande Mídia. Não faz parte do ideário ‘sobrenatural’ das concepções religiosas.

São todas essas reações mensuráveis e previsíveis do cérebro humano? Sim. Então por que ainda nomeá-los como ‘fenômenos sobrenaturais’? Concordo com Okky de Souza: essa revelação não torna os mistérios da vida e da morte menos espantosos. Mas seriam agora questões ‘sub specie aeternitatis’ objeto de pesquisa científica?

Quanto ao Big Bang, existe outra versão da questão. Essa reação dos astrofísicos não foi somente ‘arrogante’, ‘tola’: segundo Stephen Hawking, eles mantiveram a teoria do Big Bang no limbo epistemológico por 3 décadas. Razão? O Big Bang, a súbita explosão original que deu origem à matéria, à energia e às leis que regem a interação entre ambas, longe de alijar a idéia de Deus, a reforçava. O universo considerado eterno, agora tinha um princípio! Fiat, ex-nihilo [argh, isso é como cometer um assassinato]???

Não são todos os cientistas do ‘núcleo duro da melhor ciência’ que desprezam a noção de Deus. Outro dia, quem diria, Dawkins afirmou que Deus era uma hipótese científica… Não são todos os metafísicos de todos os sabores e cores que não enxergam utilidade alguma no método científico. Pelo contrário, muitos deles são favoráveis que a ciência retorne a EMPIRICA, EMPIRICE TRATANDA! Muitos cientistas daquele ‘núcleo duro da melhor ciência’, que eu chamo de Nomenklatura científica, não querem esse retorno baconiano de se perguntar à natureza e seguir as evidências aonde elas forem dar.

A realidade do universo de Okky de Souza, como a de todos os pós-modernos, é de que o universo é ‘fechado’. É uma imposição epistêmica muito grande, e temporalmente inexeqüível dada a grande vastidão do universo. Quem aferiu ser o universo realmente ‘fechado’? Quem já foi nas suas extremidades fronteiriças, e verificou isso com exatidão? O que tem a ver a explicação do mundo natural e a crença das pessoas da existência de um Grande Extraterrestre Cósmico?

Durma-se com um barulho desses, o SETI busca ‘inteligência’ de seres extraterrestres menores, e isso é considerado ciência, mas acreditar no GEC é irracionalidade obscurantista e otras cositas mais. Solução epistêmica do que não pode ser naturalmente explicado: em algum momento de nossa trajetória terrena, a evolução dotou os mais aptos a sobreviverem à Idade do Gelo a acreditarem em SUED, um ser inexistente, produto da projeção da mente humana diante daquele cataclismo universal!!!

Isso não é ciência, Okky de Souza, isso é ‘história da carochinha. Razão? As teorias de longo alcance são históricas. Não são falseáveis. É preciso crer, oops aceitar a priori de que realmente foi assim. É preciso ter fé, oops aceitar como cientificamente plausíveis. Geralmente elas ficam nos campos das hipóteses, e a turma do núcleo duro da ciência, a Nomenklatura científica, engabela os incautos e os menos especializados com essas ‘just-so-stories’ [obrigado, Gould]!

Alguém perguntou a Drawink, o profeta que previu a chegada da Idade do Gelo, como que ele desenvolveu ‘o pensamento simbólico’? Por que se interessou em saber o tipo de força existente por trás dos fenômenos naturais? Por que começou a enterrar seus mortos e a enfeitar os túmulos com flores? Por que somos a única espécie capaz de antecipar a própria morte? Por que o ser humano precisou vislumbrar entidades maiores e mais poderosas do que ele para conseguir suportar essa certeza?

Desde quando essas perguntas são científicas? Eu pensei que elas fossem teológicas ou filosóficas!

fonte :  http://pos-darwinista.blogspot.com.br/2007/02/o-mito-da-theoria-perennis-ou-o.html

Lógica, evidência e a matemática apoiam o Design Inteligente

Sou um admirador do blog do Design Inteligente (Blogspot), e encontrei um artigo muito interessante onde se demonstra de forma simples a validade do DI.

[ LINK ]

Por vezes os darwinistas ao invés vez de responderem as críticas a Darwin e ao Darwinismo, partem para o ataque acusando os defensores do DI de não apresentarem a evidência positiva do DI e de se limitarem a criticar  Darwin

As evidências contra o Acaso e a Necessidade ( o que também dá pelo nome de darwinismo) são evidências para o Design.

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Em matemática, há um método de prova denominado “prova por contradição“. A lógica por trás desta prova é a seguinte: Criar duas alternativas possíveis. Assumir que uma das alternativas é verdadeira, e provar que ela é logicamente contraditória. Um magnífico exemplo é a prova de  Euclides (de há cerca de 300 aC) de que os número de primos é infinito.

Vamos aplicar o método de prova por contradição ao debate do acaso-e-necessidade versus design.

Evidentemente, este não é um modelo matemático, mas há semelhanças muito esclarecedoras. Existem duas opções:

  1. Design (previsão e planeamento),e
  2. As leis materialistas da física,química,e das probabilidades – que se alega terem produzido todos os fenômenos biológicos,desde as maquinas de processamento de informação da célula até a mente humana.

A opção 2) poderia ter sido defensável no século 19,quando se pensava que a vida era fundamentalmente simples, mas é completamente indefensável a luz da ciência moderna. A preponderância da evidência científica e da análise matemática pesa de forma esmagadora no apoio ao design, como uma prova por contradição.

Coloquemos de parte a “auto-organização”. O cloreto de sódio forma cristais de sal, e a água congela em flocos de neve, mas os cristais de sal e os flocos de neve não contêm nenhuma informação (que não seja a informação sobre a forma como as moléculas interagem mecanicamente e de como elas coalescem), e eles certamente não formam maquinaria de processamento de informação.

Claro, que há sempre a possibilidade de haver uma terceira opção, além do design versus acaso-e-necessidade, mas eu gostaria de saber qual é. Entretanto, a lógica, a evidência, e a matemática pesam para o lado do design, como uma prova por contradição.

 

(Por Gil Dodgen)

 

 

Como o DNA funciona?

fonte do artigo abaixo[confira as imagens]:http://www.resumos.net/files/bgeo12_1.doc

Regra de Chargaff

 

A+G = T+C

ou

A+G/T+C = 1

Nucleótido vs. Nucleósido

 

Nucleótido – pentose + base azotada + grupo fosfato

Nucleósido – pentose + base azotada

Pentose à 3’

Fosfato à 5’

Estrutura do DNA

 

Modelo da Dupla Hélice – estrutura helicoidal, constituída por duas hélices polinucleotídicas, dispostas em sentidos opostos (antiparalelas) em volta de um eixo imaginário.

Entre a adenina e a timina, estabelecem-se 2 pontes de hidrogénio.

Entre a citosina e a guanina, estabelecem-se 3 pontes de hidrogénio.

A cadeia de DNA cresce de 5’ para 3’.

Apresenta apenas uma forma básica.

Universalidade e Variabilidade do DNA

 

Existem apenas quatro nucleótidos diferentes no DNA, ou seja, todos os seres vivos são constituídos pelos mesmos quatro elementos. à Universalidade

No entanto, existe uma infinidade de sequências possíveis, mesmo só existindo quatro nucleótidos, o que explica a diferença entre todos os indivíduos. à Variabilidade

Replicação Semiconservativo do DNA

 

As duas cadeias da molécula original separam-se por acção das enzimas DNA polimerases. Cada cadeia-mãe serve de molde para a replicação, sendo os nucleótidos adicionados por complementaridade de bases e sempre inseridos no sentido 5’ – 3’.

Devido ao antiparalelismo da cadeia de DNA parental, as cadeias-filhas não crescem da mesma forma: a cadeia que copia a cadeia 3’ – 5’ forma-se de modo contínuo; a cadeia que copia a cadeia 5’ – 3’ forma-se de um modo descontínuo, em pequenas porções, que são depois ligados pela enzima DNA ligase.

DNA vs. RNA

 

 

DNA

RNA

PENTOSE

Desoxirribose

Ribose

BASES AZOTADAS

A, T, G, C

A, U, G, C

% DAS BASES

A = T, G = C

Variável

ESTRUTURA

Cadeia dupla

Cadeia simples

VARIEDADE

Um só tipo

Três tipos; mRNA, tRNA e rRNA

LOCALIZAÇÃO

Núcleo, mitocôndria e citoplasma

Núcleo e citoplasma

ESTABILIDADE

Quimicamente muito estável

Quimicamente pouco estável

QUANTIDADE

É constante em todas as células (excepto gâmetas e certos esporos)

Varia de célula para célula e na mesma célula, de acordo com a actividade metabólica

PERÍODO DE DURAÇÃO

Permanente

Temporário

RNA

 

O RNA interfere na síntese de proteínas requeridas pelo DNA.

Fluxo de Informação Genética – Biossíntese de Proteínas

 

A célula utiliza moléculas de RNA formadas no núcleo que migram para o citoplasma, transportando a mensagem que estava contida num gene. Esse RNA (mRNA) funciona como mensageiro entre o DNA e os ribossomas (fazem a “leitura” da mensagem para a síntese de proteínas).

Um ribossoma é constituído por duas subunidades diferentes em cuja constituição entram proteínas e o rRNA.

Código Genético

 

Código de correspondência entre o “alfabeto” de quatro letras do mRNA e os aminoácidos.

Cada grupo de três nucleótidos do mRNA que codifica um determinado aminoácido ou o início ou o fim da síntese de proteínas tem o nome de codão.

 

Características do Código Genético

 

Universalidade – desde os organismos mais simples aos mais complexos, há uma linguagem comum a quase todas as células.

Redundância – vários codões são sinónimos, ou seja, codificam o mesmo aminoácido.

Não-ambiguidade – a cada codão corresponde apenas um aminoácido.

O terceiro nucleótido de cada codão não é tão específico como os dois primeiros.

O tripleto AUG tem dupla função – codifica a metionina e é o codão de iniciação.

O tripleto UAA é o codão de finalização ou “stop”.

Transcrição da Informação Genética

Dá-se no interior do núcleo da célula.

O complexo RNA polimerase fixa-se sobre uma certa sequência de DNA, desliza ao longo dela, provocando a sua abertura, e inicia-se a transcrição da informação. A síntese de RNA a partir de nucleótidos livres faz-se na direcção 5’ – 3’.

Forma-se assim o pré-mRNA.

Processamento do pré-mRNA

Intrões – sequências de nucleótidos que não codificam informação.

Exões – sequências de nucleótidos que codificam informação.

No processamento do pré-mRNA, por acção de enzimas, são retirados os intrões, havendo, posteriormente, a união dos exões.

Estas transformações dão origem ao mRNA.

tRNA

A estrutura típica de um tRNA apresenta dois locais característicos.

            – Extremidade 3’, que termina em todos os tRNA com a sequência CCA, através da qual este se liga ao aminoácido.

            – Conjunto de três nucleótidos – anticodão – diferente em cada tRNA e que determina o aminoácido a que este se pode ligar. é o local de ligação ao mRNA.

Tradução do mRNA

Iniciação – a subunidade pequena do ribossoma liga-se ao mRNA na região de AUG, o codão de iniciação. O tRNA, que transporta o aminoácido metionina, liga-se ao codão de iniciação. A subunidade grande ribossomal liga-se à pequena subunidade. O ribossoma está então funcional.

Alongamento – o anticodão de um novo tRNA, que transporta um segundo aminoácido, liga-se ao segundo codão por complementaridade. Seguidamente, estabelece-se uma primeira ligação peptídica entre o aminoácido que ele transporta e a metionina. O ribossoma avança três bases e o processo repete-se ao longo do mRNA. Continua a tradução dos sucessivos codões e da ligação dos aminoácidos para a construção da proteína.

Finalização – quando o ribossoma chega a um codão de finalização (UAA) e por complementaridade o reconhece, termina a síntese. Os codões de finalização constituem verdadeiras pontuações da mensagem. A cadeia polipeptídica destaca-se. Os componentes do complexo de tradução separam-se. As subunidades ribossomais podem ser utilizadas para formar um novo complexo e iniciação com uma molécula da mRNA.

Características da Síntese de Proteínas

 

– Rapidez

– Amplificação

Alteração do Código Genético (Mutações)

 

Mutações – alterações permanentes no genoma dos indivíduos.

Mutações Génicas:

– Substituição de um nucleótido

– Inserção de um ou mais nucleótidos

– Delecção de um ou mais nucleótido

Mutações Cromossómicas:

            – Estruturais

            – Numéricas

As mutações podem ocorrer:

            – Gâmetas (mutações germinais) à podem ser transmitidas à geração seguinte

            – Outras células (mutações somáticas) à não são transmitidas à descendência (excepto em reprodução assexuada)

Efeito das Mutações:

            – Neutro, se não afecta o indivíduo

            – Prejudicial, se provoca danos graves no indivíduo

            – Benéfico, se tem valor evolutivo

Consequências das Mutações:

            – Anemia falciforme – é resultado da mutação no DNA da sequência CTT por CAT.

            – Albinismo – ausência de melanina

Doenças cuja transmissão está ligada ao sexo:

            – Hemofilia

            – Daltonismo

            – Síndroma de Turner – monossomia XO

            – Síndroma de Down – trissomia 21

Ciclo Celular

Interfase

Fase Mitótica

Fase G1

Fase S

Fase G2

Mitose ou cariocinese

Citocinese

Prófase

Metáfase

Anáfase

Telófase

Ciclo Celular

Cromossomas – moléculas de DNA associadas a proteínas. Podem apresentar-se sob a forma distendida ou condensada.

Interfase – período compreendido entre o fim de uma divisão celular e o início da seguinte.

Fase G1 – período entre o fim da mitose e o início da síntese de DNA. Caracteriza-se por uma intensa actividade biossintética.

Fase S – auto-replicação do DNA. A estas novas moléculas associam-se as respectivas proteínas e, a partir desse momento, cada cromossoma passa a ser constituído por dois cromatídios ligados pelo centrómero. Nas células animais, dá-se ainda a duplicação do centríolos.

Fase G2 – decorre entre o final da síntese do DNA e o início da mitose. Dá-se a síntese de biomoléculas necessárias à divisão celular.

Fases da Mitose

 

Prófase:

            – etapa mais longa da mitose

            – há enrolamento dos cromossomas; ficam mais curtos e grossos

            – os dois pares de centríolos afastam-se para pólos opostos, formando entre eles o fuso acromático

            – no final da etapa, os nucléolos desaparecem e o invólucro nuclear desagrega-se

Metáfase:

            – os cromossomas apresentam a sua máxima condensação

            – os pares de centríolos atingem os pólos da célula

            – os centrómeros, ligados ao fuso acromático, dispõem-se no plano equatorial da célula e formam a placa equatorial

            – os centrómeros estão virados para o centro do plano equatorial e os braços para fora

Anáfase:

            – o centrómero rompe-se

            – os cromossomas iniciam a ascenção polar ao longo das fibrilas dos microtúbulos

            – no final da etapa, cada pólo da célula constitui um conjunto de cromossomas exactamente igual
Telófase:

            – inicia-se a organização dos núcleos-filho

            – forma-se o invólucro nuclear

            – inicia-se o processo de descondensação dos cromossomas

            – a mitose termina

Comparação da fase Mitótica em células Animais e Vegetais.

 

A mitose processa-se de igual modo para ambas as células.

As diferenças estão ao nível da citocinese.

Células Animais

Células Vegetais

A citocinese ocorre por estrangulamento, ou seja, há uma contracção de filamentos proteicos localizados junto à membrana plasmática.

A parede celular não permite a divisão por estrangulamento. As vesículas do Complexo de Golgi acumulam-se na zona equatorial, fundem-se e formam uma placa de pectina, na qual se deposita celulose. Há assim formação de novas paredes celulares.

 

 

A mitológica sopa Prebiótica

Ano de 1952. Dois cientistas da Universidade de Chicago, Harold Ulrey e Stanley Miller fazendo as vezes de um Dr. Frankenstein moderno com veleidades de “gourmet”, iniciaram a receita de uma sopa que ficou famosa no menu científico sob o nome – Sopa Prebiótica.

“Os cientistas bombardearam com raios de eletricidade um tubo de ensaio contendo água, hidrogênio, amônia e metano, supostamente, imitações da atmosfera da terra primitiva com as suas tempestades de raios; depois de uma semana, haviam produzido dois dos vinte aminoácidos usados pela natureza na construção das proteínas. Esta experiência foi citada por muito tempo como sendo a prova de que a vida pode surgir de uma sopa inorgânica. Entretanto,, nos anos 80, os geólogos haviam descoberto que uma atmosfera composta por metano e amoníaco seria destruída rapidamente pela luz solar e que a atmosfera primitiva do nosso planeta teria contido, provavelmente, nitrogênio, dióxido de carbono, vapor d’água e traços de hidrogênio. Quando bombardeados com a eletricidade, não se obteriam biomoléculas. Portanto, a sopa prebiótica foi considerada um mito”.

O biólogo molecular Michael Denton, assim como Sir Francis Crick, não aprovou o sabor desta sopa (Robert Shapiro e outros mais) e oferecem todos os detalhes da sua rejeição no que disseram e escreveram a respeito dela. Ressalta-se que não foram só os geólogos os responsáveis pela evaporação desta sopa. Examinaram-se rochas antiqüíssimas nas últimas décadas e em nenhuma delas existia um só traço de componentes orgânicos que confirmassem o processo Miller-Ulrey.
As rochas mais notáveis pesquisadas pelos cientistas foram as “Dawn Rocks” de Western Greenland,, as mais antigas da terra – aproximadamente 3.900 milhões de anos . Estas rochas são tão antigas que devem ter se deitado logo após a formação dos oceanos e talvez, de somente 3000, 4000 milhões de anos depois da formação da terra. Nesta instância não são excepcionais. Sedimentos de muitas outras partes da terra datados com a variação de 3.900 milhões de anos e de 3.500 milhões de anos também não mostram sinais algum dos esperados; sinais como os que foram encontrados na experiência de Miller-Ulrey – os compostos orgânicos – “Mais uma vez a paleontologia falhou em substanciar as presunções evolucionistas”.
Existem outras evidências de peso, citadas e detalhadas por Michael Denton dentre vários outros experts que observaram a mesma ocorrência. Detalhando: -“Na presença do oxigênio, os componentes orgânicos formados na terra primeva teriam, rapidamente, oxidado e degradado. Devido a esta razão muitas autoridades advogaram uma atmosfera livre de oxigênio pelos milhões de anos que se seguiram à formação da crosta terrestre. Somente uma tal atmosfera protegeria os componentes orgânicos vitais, delicados e os liberaria para se acumularem formando assim, a sopa prebiótica. Infelizmente, para os crentes no cenário da sopa orgânica tradicional, não existe nenhuma clara evidência geoquímica que exclua a possibilidade de que o oxigênio esteve presente na atmosfera da terra, muito cedo, logo após a formação da crosta terrestre”.

Outras dificuldades: na falta do oxigênio faltaria o ozônio na camada atmosférica mais alta como a proteção da terra contra as doses letais da radiação ultra violeta. Conseqüentemente, numa terra sem o oxigênio, o fluxo da radiação ultra violeta bombardeando a terra seria mais do que suficiente para exterminar os compostos orgânicos rapidamente, enquanto fossem produzidos, O planeta Marte é um ótimo exemplo, nele não se encontram compostos orgânicos e isto é amplamente atribuído aos violentos fluxos da radiação ultra violeta bombardeando o planeta.
“Se temos o oxigênio, não temos compostos orgânicos, mas se não tivermos oxigênio não os teremos também”.
Outro problema surgido: “moléculas de ácido nucléico; o material genético formador de todos os organismos. Elas são fortes absorventes da luz ultra violeta e particularmente sensitivas aos danos e mutações produzidos pelas radiações ultra violeta”.

Carl Sagan aponta: “bastam 0.3 segundos para significar um dano total aos organismos contemporâneos típicos, sujeitados aos mesmos fluxos de radiação ultra violeta intensos que deveriam atingir a superfície terrestre em um cenário de ausência do oxigênio”.

“A origem da vida é, verdadeiramente, muito mais difícil de ser desvendada do que todas as discussões e considerações que se fazem a respeito dela”.

“Há trinta anos atrás os primeiros sinais da vida na terra foram os fósseis de organismos nas rochas, demonstrando idade provecta”.

Recentemente, um grupo australiano anunciou a descoberta dos remanescentes de um tipo simples de algas em rochas de 3.500 milhões de anos, e em outras quase tão antigas, em outras partes do mundo, que gritam a evidência da vida. “O intervalo de tempo disponível para a formação da evolução da célula a partir da “sopa prebiótica”, conseqüentemente encolheu e, pior ainda, enquanto o intervalo de tempo encolhia, as rochas primevas falhavam em registrarem quaisquer evidências da sopa prebiótica”.

Bibliografia

– The Cosmic Serpent – Jeremy Narby
– Evolution: A Theory in Crisis – Michael Denton – ed. Adler and Adler.
– Várias fontes.

fonte do texto: http://www.jornalinfinito.com.br/series.asp?cod=106

Desnudando Darwin

Enézio E. de Almeida Filho (*)
“Se se pudesse demonstrar a existência de algum órgão complexo que não pudesse de maneira alguma ser formado através de modificações ligeiras, sucessivas e numerosas, minha teoria ruiria inteiramente por terra”.
Charles Darwin, in A origem das espécies, p. 161
(Leia mais em A caixa preta de Darwin, de Michael J. Behe, que aceitou o desafio darwinista)
“É absolutamente seguro dizer que, se você encontrar alguém que afirme não acreditar na evolução, esta pessoa é ignorante, imbecil ou insana (ou maligna, mas eu prefiro não considerá-la assim)”
Richard Dawkins, eminente zoólogo, cientista, autor e professor da Oxford University

Teoria da Evolução… por que questionar esta teoria científica? Ela não é um dos modelos científicos de maior aceitação entre biólogos e demais cientistas? Todos os leigos, apesar de a maioria desconhecê-la completamente, “confiam” nela. Por que então questionar na mídia o lugar de honra que lhe foi concedido pela Academia? “Todos os biólogos e cientistas aceitam a teoria da evolução”, “Não há crise no neodarwinismo” é o que é propalado com destaque pelos cientistas. Mas será que é assim mesmo?
Há mais de 30 anos (isso mesmo – mais de 30 anos!) o paradigma neodarwinista (ou teoria sintética – combinação do Darwinismo clássico com a genética mendeliana) vem apresentando dificuldades teórico-empíricas discutidas intramuros, publicamente em alguns jornais e revistas especializados bem como em livros. O interessante é que os autores são todos cientistas evolucionistas de renome internacional.
Mas o mais interessante mesmo é a postura da mídia brasileira em relação a tão importante fato: silêncio total!
O que está ocorrendo com o neodarwinismo é o que Thomas S. Khun brilhantemente apontou no seu A estrutura das revoluções científicas (1998, São Paulo, Perspectiva): quando existem anomalias que a teoria não previu e às quais não consegue mais responder, o paradigma entra em crise, teorias ad hoc são criadas pelos cientistas na tentativa da manutenção/salvação do modelo científico. Quando isso não ocorre, um novo paradigma científico se faz necessário. Kuhn, contudo, não estipulou quantos anos de anomalias não-resolvidas seriam necessários para o surgimento de um novo modelo científico…
Os paradigmas em física são mais rapidamente modificados. Por quê? Será que os físicos sabem de ‘algo mais’ para o qual não há saída, a não ser a humilde resposta sobre as origens do Universo “Não sabemos”? A ciência não é omnicompetente…
Ao longo desses mais de 30 anos, o que se questiona pelo rigor do método científico é: qual mecanismo teria ocasionado, ao longo do tempo (bilhões de anos), o processo evolutivo da origem da vida – Elementos químicos adequados + forças naturais + tempo (bilhões de anos) + acaso (seleção natural + mutações genéticas). A abiogênese [teoria da geração espontânea], sem nenhum respaldo do método científico (Redi e Pasteur há muito inviabilizaram esta hipótese), é aceita como tendo produzido o primeiro ser vivo simples de uma base não-viva que se transformou num ser vivo mais complexo. É engraçado e até irônico: um sapo ser beijado por uma princesa e transformado em príncipe é história da carochinha. Agora, um suposto ser unicelular (inobservado) ao longo de bilhões de anos se transformar em Australopithecus e depois em Charles Darwin (inobservado), isso sim, é considerado ciência!
Ironia à parte, alô Popper, alô Kuhn, alô Feyerebend, anunciaram o fim da Ciência. Precisamos de vocês, câmbio… cambrio… cambriano… O Big Bang da Vida – o tendão de Aquiles das teorias da evolução!!!
Não há medição científica confiável além de 1 milhão de anos (Dr. Carl Swisher e Dr. Garniss Curtis, do Institute of Human Origins, Berkeley, especialistas em geocronologia, Time, March 4, 1994, pp. 33 e 33). Cheiro de metafísica…
Não são 30 dias de debates. São 38 anos. Jornalistas científicos deveriam considerar o questionamento levantado por G. A. Kerkut (evolucionista) em relação à evidência inadequada de sete importantes inferências evolucionistas [Teoria Geral da Evolução]:
1. Coisas não-vivas deram origem a organismos vivos;
2. A abiogênese ocorreu uma vez;
3. Os vírus, bactérias, plantas e animais são todos inter-relacionados;
4. Os protozoários deram origem aos metazoários;
5. Vários filos de invertebrados são inter-relacionados;
6. Os invertebrados deram origem aos vertebrados; e
7. Peixes, répteis, aves e mamíferos tiveram origem ancestral comum. in Implications of Evolution, New York, Pergamon, 1960, pp. 150-157.
Até hoje, nenhum cientista evolucionista solucionou estas dificuldades teórico-empíricas. Percebe-se, contudo, no que é veiculado nas reportagens científicas uma certa preocupação quanto ao tempos verbais: todos no condicional. Isso é bom porque não atribui como “fato” determinadas descobertas. Contudo, não é salientado para os leitores quais aspectos da teoria neodarwinista estariam sendo corroborados/questionados.
Por que essa omissão? O que se vê no jornalismo científico, supostamente objetivo, é um jornalismo ideologicamente naturalista mascarado de jornalismo científico. Pseudo-jornalismo científico a ser desmascarado. Com muito rigor científico.
Ciência fundamentalista
Onde é que fica a visão kuhniana em toda esta história? As anomalias existem, o modelo teórico não consegue mais respondê-las, a teoria entrou em crise, há debates intramuros, foram criadas teorias ad hoc (será que diferem do Deus das lacunas? – parece que não) para salvar/manter o paradigma. Estamos vivendo a transitoriedade crítica do neodarwinismo. Há outras propostas, como o Planejamento Inteligente (Michael J. Behe – A caixa preta de Darwin, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997), mas a Nomenklatura acadêmica nem sequer deseja ouvir o pleito dos inovadores.
Estranho paradoxo esse, mas o grande empecilho para o livre e pleno desenvolvimento da ciência são os cientistas fundamentalistas. Galileu Galilei foi condenado pela Igreja, mas com o aval do conhecimento científico da Academia que, unanimemente, acreditava ser a Terra o centro do Universo… Já acreditaram também que a Terra era quadrada. E cientistas de renome internacional daquela época. Não muito diferente dos renomados cientistas modernos. Os cientistas não são tão assépticos quanto seus aventais… Pasteur que o diga!
Nas reportagens científicas, não há uma distinção no termo teoria da evolução: Teoria Especial da Evolução (Dobzhansky) – microevoluções ocorrem intra-espécies e são observadas e empiricamente comprovadas; Teoria Geral da Evolução (Goldschmidt) – macro-evoluções ocorrendo inter-espécies, eventos inusitados, inobservados, ocorridos uma vez em passado mui distante, não têm como ser comprovados empiricamente. Por que essa distinção precípua não é feita? A Teoria Geral da Evolução é apresentada como se fosse fato inconteste.
Toda idéia ou teoria científica deve ser debatida para o bem da ciência. Esta é a máxima propalada pelos cientistas, mas pouco seguida por eles mesmos. Especialmente a Teoria da Evolução. Por quê? Porque ela permeia toda a nossa Weltanschauung cultural atual. Por que o neodarwinismo não pode ser submetido ao rigor do método científico? Por que não o debate público de suas teorias? O modelo neodarwinista deve ser trazido para este debate racional, porque como teoria não pode arrogar o status de “fato” acima de quaisquer suspeitas em contrário. Se não, temos aqui o exemplo ímpar de theoria perennis. Não fazer isso é condenar o mundo a um poço profundo de ignorância intelectual. Se o paradigma científico estiver errado, quais foram/são/serão as conseqüências para as pesquisas biológicas???
O método científico (Gewandsznajder, Fernando. O que é o método científico? São Paulo, Pioneira, 1989) ainda é o parâmetro aceito pela Academia para a aceitação de quaisquer teorias científicas. O neodarwinismo passaria pelo rigor do método científico? Parece que não. Por que este modelo teórico não é considerado pelos jornalistas científicos por este critério aceito pela própria ciência? É o medo de Darwin ser encontrado nu? De o neodarwinismo ser encontrado em falta como teoria científica? O que há por trás das reações emotivas de cientistas fundamentalistas/ultra-darwinistas como Richard Dawkins, Daniel Dennett e outros? Os limites da seleção natural não seriam uma razão muito forte para se considerar novas teorias (Stephen C. Meyer, filósofo em ciências, Cambridge University)? Qual a razão desse silêncio tumular da mídia sobre tão importante assunto?
Destruindo ídolos
Esse “silêncio” da mídia em torno das dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo é devido ao fato de Darwin ser um ícone científico. Ídolo. É, mas todo ídolo está destinado à destruição. Marx e Freud, como ídolos científicos já foram. Quem será o Finéias de Darwin? Nietzsche disse, em algum livro, “Derrubar ídolos – isso sim, já faz parte de meu ofício”. Esse espírito nitzscheano está em falta no jornalismo brasileiro. Teoria Especial da Evolução – Darwin tem toda a razão. Teoria Geral da Evolução – Darwin não tem razão nenhuma, está nu e há algo de podre na Nomenklatura científica em não querer divulgar isso para os estudantes e o público leitor não-especializado.
Quando Karl Popper concluiu em 1976 que “o darwinismo não é uma teoria científica testável, mas um programa de pesquisa metafísica” [Unended quest: an intellectual autobiography, La Salle, IL, Open Court, p. 168], qual foi a reação da Nomenklatura científica? Lidar com a proposição popperiana, demonstrar o contrário ou negar-lhe cidadania no reino científico por não “rezar” pelo cânon vigente? Não lidaram com a proposição popperiana e quase lhe cassaram a cidadania no reino científico – este, por razões pragmáticas de sobrevivência na Academia, abjurou de muitas de suas teses céticas em relação à ciência biológica. Patrulhamento ideológico. Verdadeira Inquisição. Sem fogueiras… Tratamento diferente do dispensado a Galileu? Não!
Logo em seguida, Collin Patterson, paleontólogo, evolucionista, do Museu de História Natural de Londres, no dia 5 de novembro de 1981, no Museu Americano de História Natural, diante de uma platéia formada por cientistas americanos, todos evolucionistas, perguntou:
“Vocês podem me dizer alguma coisa sobre evolução, qualquer coisa que seja verdade?”
A platéia ficou muda. São passados 17 anos e a pergunta de Patterson continua sem resposta. Nem Nobel em Biologia, até hoje, respondeu à sua pergunta… Collin Patterson, pressionado pela Nomenklatura científica, também cedeu um pouco nas suas críticas ao neodarwinismo e tentou, mais tarde, explicar o inexplicável de sua famosa pergunta. Por quê? Medo de perder a reputação acadêmica e o cargo no Museu de História Natural em Londres. Diferente de Galileu, que ousou ir contra a Academia do seu tempo…
Em 1985, Michael Denton, Senior Research Fellow, especialista em Genética Humana, da Universidade Otago, Nova Zelândia, escreveu o livro Evolution: a theory in crisis [inédito em português] apresentando suas objeções ao neodarwinismo: há muitos órgãos altamente complexos, bem como sistemas e estruturas que não podem ser concebidos como tendo surgido em termos de acumulação gradual de mutações ao acaso, ao longo dos anos. Como era de se esperar, a Nomenklatura reagiu e continua reagindo às objeções do Dr. Denton. Este, contudo, vem resistindo aos ataques pessoais desfechados. Escreveu outro livro: Nature’s destiny – how the laws of biology reveal purpose in the Universe [também inédito em português].
Phillip E. Johnson, professor de Direito na Universidade da Califórnia, Berkeley, em 1993 escreveu um livro – Darwin on trial [a ser publicado no Brasil em meados de 1999]. Por esse e por outros livros publicados, como Defeating Darwinism by opening minds, Objections sustained e Reason in the balance, o Dr. Johnson vem sofrendo ataques virulentos da Nomenklatura científica, porque ele não dispõe de formação científica afim. Acabaram de negar o direito a Darwin de escrever o seu A origem das espécies (que lida com tudo, menos com as origens das espécies… Leia e comprove): estudou Teologia em Cambridge e foi naturalista muito mais por hobby do que por formação acadêmica…
Abrindo a caixa preta
Mas eis que surgiu Michael J. Behe, bioquímico, professor-assistente na Lehigh University, Pensilvânia, com a tese do Planejamento Inteligente e da Complexidade Irredutível bem delineados no seu livro – A caixa preta de Darwin [Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997]. Como era de se esperar, a Nomenklatura foi visceralmente contra. No neodarwinismo todos têm que ser como soldadinhos de chumbo: idênticos e uniformes. Qualquer “diversidade” é heresia. Mas entre os evolucionistas houve quem destacasse a proposição de Behe como uma que não pode deixar de ser examinada. Cum granum salis. Foram poucos os da Academia. Assim como com Galileu…
Há outros nesse crescente movimento do planejamento inteligente. Todos cientistas, biólogos, bioquímicos e filósofos de ciência de peso como Charles Thaxton, David Berlinski, Walter Bradley, William A. Dembski, Stephen C. Meyer, Jonatham Wells. Todos questionando a validade científica do paradigma neodarwinista em muitos aspectos.
Há mais de 10 anos (isso mesmo – há mais de 10 anos) venho salientando isso a diretores de redação/editores de Ciência dos maiores veículos de comunicação do Brasil: Veja, Folha de S. Paulo, e recentemente, Superinteressante, Globo Ciência (hoje Galileu) e Época.
A resposta que obtive, até de ombudsman (Caio Túlio Costa et al.) é que iriam conferir se as minhas colocações realmente procediam. Ou então a resposta automática de Veja: agradecemos o seu interesse, blá, blá, blá… Dificilmente lidaram com os aspectos científicos salientados. A resposta mais precisa que obtive foi do diretor de Redação de Veja: não avaliamos o valor científico da pesquisa/achado, somente informamos. Numa reportagem seguinte, Veja se contradisse. Seus repórteres seguiram ‘cegamente’ os enunciados neodarwinistas…
O jornalismo científico tem relevância científica? Tem, porque é o jornalista quem difunde idéias e teorias científicas para os leigos. O jornalismo científico tem relevância social? Tem, porque é um dos elos que mostram a Academia como ela é à sociedade. Infelizmente, ao difundir idéias e teorias científicas, o jornalismo científico brasileiro não tem provocado o debate, não tem “ouvido o outro lado”. É preciso levantar o porquê de os cientistas evolucionistas não quererem o debate público dessas anomalias. Uma pista – os que praticam ciência normal se sentem ameaçados nos seus postos e pesquisas se passarem a questionar o modelo científico mais aceito pela Nomenklatura científica de fim de século: bolsas de estudos, fundos para pesquisas, reputação acadêmica, projeção na comunidade internacional, medo de ser tachado de louco, ignorante, crente do geocentrismo e outros epítetos desvairados usado pelos “sóbrios e elegantes senhores da Academia”… O debate em jornalismo científico deve ser a norma, e não a exceção. Scientia qua Scientia [Wissenschaft] pelo rigor cético do método científico. Nada mais, nada menos.
Quanto à sua relevância social, o jornalismo científico precisa mostrar um outro ângulo desconhecido da Nomenklatura: o conceito popular da ‘integridade intelectual’ dos cientistas, e de que a ciência atualmente praticada é feita totalmente despojada de ideologia ou isenta de um particular Weltanschauung.
O jornalismo científico perdeu uma boa oportunidade de mostrar que é um jornalismo investigativo quando, ao longo de mais de 10 anos recebendo dados sobre o assunto, deixou de tornar conhecidas do público as muitas anomalias do neodarwinismo. Isso, mais por um posicionamento ideológico atrelado à Nomenklatura do que por amor à “verdade científica”. Um novo paradigma científico em Biologia está sofrendo as dores de parto, mas a KGB científica através de seus agentes deseja abortá-lo. Mas são muitos os biólogos, bioquímicos e cientistas evolucionistas que desejam ver este filho nascer. Vade retro Herodes (Dawkins, Dennett et al.)!
O jornalismo científico, ao cobrir idéias e teorias sobre a origem da vida, tem que ter interesse em formular perguntas – O que somos? De onde viemos? Ex-nihilo pode criar alguma coisa? A ciência tem competência nessa área ou ao formular essas teorias não está substituindo os “mitos religiosos” por “contos de fadas para adultos”? O Zeitgeist influenciaria a Weltanschauung dos que fazem ciência? Seriam os cientistas “objetivos”, “neutros”, dignos de confiança nas suas pesquisas? O que dizer das muitas fraudes ocorridas e que ainda ocorrem nos meios científicos?
Um mito refinado
À primeira vista estas perguntas podem parecer pueris, mas são fundamentais. São fundamentais porque as teorias científicas que temos sobre a origem do universo e da vida não diferem dos mitos religiosos: são inobserváveis e há um quê de onipotência naturalista. Quando Darwin elaborou sua teoria, ele o fez com velados interesses filosóficos naturalistas de sua época. Um mito refinado e bem apoiado até por um Zeitgeist onde impera o naturalismo filosófico travestido de ciência.
O jornalismo científico precisa informar ao público leitor que, ao contrário do que é veiculado na mídia, Galileu-herético enfrentou maior oposição dos luminares/pares da Academia de então. A mesma coisa Darwin. Não há mais como esconder a falência do paradigma neodarwinista – Empirica empirice tratanda! Em ciência, paradigma morto, paradigma posto. Apesar de posar como “ortodoxia científica”, o neodarwinismo já morreu. Que venha o novo paradigma – Planejamento inteligente!
Há, pelo menos, cinco crises dentro do atual modelo. Mesmo as teorias ad hoc criadas não conseguiram salvar a teoria, antes, trouxeram mais problemas:
1.Não-substanciação de um mecanismo darwinista de evolução;
2. Falha total dos estudos sobre a origem da vida em produzir um modelo teórico que funcione;
3. Inabilidade do mecanismo evolucionista em explicar a origem das adaptações complexas;
4. Falência da hipótese do ‘relojoeiro cego’ (Dawkins);
5. A evidência biológica de que a regra na Natureza é a estabilidade morfológica ao longo do tempo, e não mudança constante.
Se alguém percorrer as páginas de nossas revistas e jornais, apesar da ressalva feita por alguns jornalistas científicos de que as teorias científicas são construtos próximos da verdade, a evolução das espécies  em nível macro  é mencionada como se tivesse ocorrido. Empiricamente a verdade é outra… O registro fóssil diz não desde o tempo de Darwin. A biologia molecular também. A bioquímica idem. Alguns jornalistas tiveram acesso ao questionamento de abalizados cientistas evolucionistas. Outros não. Dos que sabiam, por que não lidaram com aquelas dificuldades teórico-empíricas? Desonestidade jornalística ou a presença de “camisa de força” nas redações imposta pelo Zeitgeist e pela Nomenklatura científica?
Depois do aqui exposto, alguns órgãos da mídia brasileira vão ter que lidar com as seguintes perguntas e hipóteses: Por que as dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo não são apresentadas ao público leitor? (PC) Em torno dessa, as seguintes perguntas foram concebidas: havia conhecimento da parte dos jornalistas científicos das “anomalias” não respondidas pelo neodarwinismo como paradigma científico? (P1) Se havia conhecimento, por que não considerar a proposição de Kuhn (A estrutura das revoluções científicas, especialmente o cap. 8) de uma crise paradigmática demandando o surgimento de um novo paradigma? (P2) Qual o lugar específico da “filosofia naturalista” da parte dos jornalistas na manutenção de um modelo científico que, apesar de ser considerado “o mais confiável” entre os cientistas, sugere ser mais metafísica do que propriamente ciência? (P3) Por que os jornalistas científicos não fazem distinção entre Teoria Especial da Evolução (micro-evoluções, intra-espécies, empiricamente comprovadas) e a Teoria Geral da Evolução (macro-evoluções, inter-espécies, empiricamente não-comprovadas) se esta distinção é precípua para a compreensão de todo o referencial teórico evolutivo? (P4) Por que os editores de Ciência não salientaram estas “anomalias” para seus jornalistas quando da elaboração de reportagens sobre o tema? (P5)
A hipótese central que sugiro para responder à pergunta central (PC) é a seguinte: as dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo não foram salientadas ao público-leitor por causa da Weltanschauung totalmente influenciada pelo naturalismo filosófico mascarado de ciência, conscientemente por parte de alguns jornalistas e inconscientemente da parte de outros. (HC) As demais hipóteses oferecidas às demais perguntas são estas: Conforme correspondência desse autor com algumas editorias de Ciência, já havia conhecimento dessas anomalias, outras desconheciam-nas completamente. Desonestidade jornalística das que sabiam e falta de atualização científica de outras. (H1)
Kuhn preconiza que há relutância da parte dos que praticam Ciência Normal em aceitar uma mudança paradigmática, partindo para ou esperando a criação de teorias ad hoc visando salvar o antigo modelo científico. Isso também se aplica aos que praticam Jornalismo Normal. (H2) A “filosofia naturalista” ocupa, consciente ou inconscientemente, o “topos epistemológico” não somente no Zeitgeist e Weltanschauung dos cientistas, mas dos jornalistas científicos também, sem nenhum questionamento desse posicionamento através do método científico. (H3) Esta distinção não é feita porque alguns jornalistas científicos não conhecem devidamente a Teoria da Evolução para fazer aos leitores este tipo de diferenciação teórica. (H4) As editorias de Ciências não salientaram estas “anomalias” teórico-empíricas do paradigma neodarwinista, pelo seu “reducionismo epistemológico” totalmente embasado na “filosofia naturalista”, em vez de seguir o rigor do método científico para a Teoria Geral da Evolução. (H5)
Ouvir o “outro lado”
A editoria de Ciência que publicar um sólido texto sobre as dificuldades teórico-empíricas do neodarwinismo terá que, para “ouvir o outro lado”, salientar os seguintes pontos essenciais: Ciência e Método Científico; Darwinismo: Ciência ou Filosofia (Fatos ou Fé); Origem da Vida; a Seleção Natural; o Registro Fóssil; a Explosão Cambriana e a Origem do Filo; Macro-evolução; Estase; Mutações; Homologia.
Existem artigos e livros de cientistas evolucionistas lidando com estes aspectos. Por que não “reduplicá-los”? Haveria um “filtro ideológico” sobre o que deve ser publicado ou não? Fique aqui registrado um primeiro passo da Folha de S. Paulo/Caderno Mais, que publicou reportagem, embora limitada, sobre as dificuldades desse modelo científico.
Este artigo é uma modificação de um projeto de trabalho apresentado no dia 16/11/98 à Coordenação de Pós-Graduação em Educação – Mestrado em Ciências, na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), sobre a total omissão nos livros-textos de Biologia de 2 grau dessas anomalias. Projeto rejeitado sem direito a apelação… Apliquei-o ao jornalismo científico porque foi nas correspondências enviadas às editorias de Ciências que a idéia surgiu, de verificar se os mais iluminados estariam lidando com o tema. Ledo engano.
O jornalismo científico, pro bonum publico, deve se conscientizar de que o jornalismo nessa área é um apontar de horizontes. Educação, como pensar criticamente, e não a presente situação fossilizada pelo dogma mitológico do neodarwinismo – ideologia, no que se deve pensar (somente o que pontifica a Nomenklatura acadêmica). Não fazer isso é condenar toda uma geração de estudantes e leitores não-especializados a um profundo poço de ignorância científica e ser, em alguns casos, jornalisticamente desonesto!
Darwin morreu…Viva Darwin!!!
Esperando contra a esperança o surgimento de um novo paradigma em Biologia!
(1) James A. Shapiro, James Shreeve, Robert Shapiro e outros cientistas que o espaço não me permite citar.
(*) Pesquisador em Educação em Ciências.
Permissão do autor

*Ilustração de Cláudio Salvio